Tem uns ruídos estranhos vindo daquela porta. Eu tenho um medo que me dá tanta vontade que acho que vou bater...
As lâmpadas se apagam conforme eu caminho, e o vento faz a chuva agredir as janelas de vidro, meu senso de humor acaba a cada trovão.
Continuo caminhando até a porta...
Minha pele fica mais pálida do que o comum, e eu viro cúmplice de mim mesmo em cada gesto errado que me acometo a cometer.
Não durmo durante doze dias, e agora parece que estou trancado nesse sonho sem fim, essa aqui não é a minha casa e a porta está ficando próxima...
Essa insônia parece ter necessidade de me fazer réu de sua vaidade cruel, a porta parece que foge de mim a cada passo que eu dou, parece que na corte do meu interior sou o bobo e sua vontade impera a mãos de ferro, como um rei decepador de cabeças e prolongador de sonhos.
Então como todo sonho, eu acordei suado e com as mãos trêmulas fui abrir a porta e estava trancada...
Mas a janela estava aberta, consegui sorrir e fechei a cortina.
Sem mais.
Mario Tito.
3 comentários:
Sempre há uma saida.
ta demorando muito pra postar,estou sentindo falta..
é.. a chuva... santa chuva...
Postar um comentário