quinta-feira, 28 de julho de 2011

Numa panela só.

Chamo de peso estar na guerra todos os dias e sonhar com a paz depois da morte, acreditando em vida, em descanso ou em nada! A guerra é uma só e você trava sem perceber e mata dragões a cada remela que tira na frente do espelho, aquele espelho que não te permite ser narciso, não dá tempo!

Ofuscam racismos com campanhas que segregam mais, com direitos dialéticos que se perdem em essência e ganham em maquilagem! “Não é culpa minha”, você vai dizer, mas cada vez que você vacila sem querer, julga com os olhos troca o “ser” pelo “ter” você estraga um pouco cada um que está do seu lado.

Não, não somos irmãos! Somos o que quisermos ser, e quando sua coragem, sua amabilidade se torna moeda de troca, para você receber o mesmo, você começou errado, vai estar errado e vai acabar errado. Se segura na sua fé, ou na falta dela! Em alguma coisa você precisa se apegar, mesmo que essa coisa seja uma falta do que se apegar, eu me fiz entender?! Às vezes falo rápido demais, acho que perco o sentido, mas de repente a gente que não gosta de ler que a gente vacila, peca, faz merda, somos muitas das vezes preconceituosos e que é isso que nos faz ficar cada vez menores com relação ao todo.

Quando a gente tem a inocência de uma criança, não nos preocupamos com o que vem depois. A gente se preocupa em terminar de montar a garagem de carrinhos, ou de fazer o bolo de lama com o parceiro ideal! E não estamos nem ai pra cor, credo, status...

Não sei o que vocês chamam de Deus, nem é meu objetivo catequizar ninguém, não tenho cara de Marquês de Pombal de bermuda e chinelos e com copo de cerveja na mão...

Bicho-grilismos à parte, temos que ter a sutileza de entender que a sexta-feira só vem se tiver uma segunda-feira, ela só é gostosa desse jeito porque a semana foi ruim, foi dura, não tivemos tempo para sermos narcisos, para sono de beleza...

E quando o trem chega a Deodoro, meu parceiro, todo mundo que ta ali dentro só pede pra ele não avariar,reza para seu santo ou orixá favorito, e nesse momento não importa o quanto você tem, se for verão e o trem não tiver ar, você vai suar!

Tamo junto!

Mario

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O jogo inverteu.

Eu jogo o jogo que ta na mesa e não quero inventar regra nenhuma, nada de carta por baixo do pano verde, nada de querer trocar o cd que ta tocando por um samba mais antigo. A banca que me diz o que eu faço e uso as cartas que eu tenho na mesa, e jamais escondo truques na maga! Não sou malandro, faço o que eu posso.

Horas de conversas repetidas, de remoções sentimentais. Deixa, caiu pra lateral, fugiu da alçada, vamos pro bar meu amor, ainda dá tempo!

Sempre dá tempo de virar malandro, fingir sabe lá. Ou vai dizer que justiça é tudo que ta escrito pelos antigos? Acreditar no que você escolhe como filosofia é um bom começo pra não soar mal quando for repetir frases dos outros em rodas de moços de bigodes.

Sem inventar regras assim, do jeito que eu tô mesmo, sem bolso na bermuda, sem dinheiro na conta e doido pra invadir o cheque especial pra comprar cerveja. Não é nada com você, é o jogo! Faz igual, usa as armas do jogo, sem roubar, não precisamos disso...

Sabe, o tempo passa pra gente, mas a eternidade é assim, sem horas, dias, não conta e não prece! E a gente passa, mas o que diz, o que faz, o que beija e o que cantamos fica por ai,preso no jogo, vira regra! O que um bom jogador faz com a mão ruim? Blefa ou sai?!

Blefar é agir de ma fé? Não, é usar o medo dos outros a seu favor, confiança, meu garoto! Se não for você por você não tem mosqueteiro pra gritar contigo, meu camarada! Todos por si!

Deixa correr, escolhe a frase certa pra citar, o dia certo pra estourar o limite do cheque e a hora certa pra blefar, se não você fica marcado. E jogo de carta marcada é caso sério em roda de malandro.

E você, nem eu somos malandros.

Beijão.

Mario.