segunda-feira, 18 de julho de 2011

O jogo inverteu.

Eu jogo o jogo que ta na mesa e não quero inventar regra nenhuma, nada de carta por baixo do pano verde, nada de querer trocar o cd que ta tocando por um samba mais antigo. A banca que me diz o que eu faço e uso as cartas que eu tenho na mesa, e jamais escondo truques na maga! Não sou malandro, faço o que eu posso.

Horas de conversas repetidas, de remoções sentimentais. Deixa, caiu pra lateral, fugiu da alçada, vamos pro bar meu amor, ainda dá tempo!

Sempre dá tempo de virar malandro, fingir sabe lá. Ou vai dizer que justiça é tudo que ta escrito pelos antigos? Acreditar no que você escolhe como filosofia é um bom começo pra não soar mal quando for repetir frases dos outros em rodas de moços de bigodes.

Sem inventar regras assim, do jeito que eu tô mesmo, sem bolso na bermuda, sem dinheiro na conta e doido pra invadir o cheque especial pra comprar cerveja. Não é nada com você, é o jogo! Faz igual, usa as armas do jogo, sem roubar, não precisamos disso...

Sabe, o tempo passa pra gente, mas a eternidade é assim, sem horas, dias, não conta e não prece! E a gente passa, mas o que diz, o que faz, o que beija e o que cantamos fica por ai,preso no jogo, vira regra! O que um bom jogador faz com a mão ruim? Blefa ou sai?!

Blefar é agir de ma fé? Não, é usar o medo dos outros a seu favor, confiança, meu garoto! Se não for você por você não tem mosqueteiro pra gritar contigo, meu camarada! Todos por si!

Deixa correr, escolhe a frase certa pra citar, o dia certo pra estourar o limite do cheque e a hora certa pra blefar, se não você fica marcado. E jogo de carta marcada é caso sério em roda de malandro.

E você, nem eu somos malandros.

Beijão.

Mario.

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