sexta-feira, 23 de setembro de 2011

You only see me when Im high

Quando você assume que não sabe de nada você dá um passo pra entender muito mais do que você atingia antes dessa percepção, você não se declara culpado por não ter respostas, agora você deve-se culpar por não ter perguntas. Um homem sem dúvidas se assemelha a uma lhama em entendimento.

Devemos nos acostumar com a latência da ignorância vivente que bate na nossa porta toda noite com um prato de bolo de fubá dizendo que nada sabemos e que toda a nossa certeza vem de outras certezas, que vem de outras e outras até um ponto onde não temos certeza. E quando chegarmos a esse ponto veremos a falha no processo. Entenderemos que nossa certeza vem de uma força inatingível pelo entendimento humano

Cruel, não acha?! Pensar dói...

Tendo isso entendido segue a historia que verdadeiramente vim contar, mas aviso de antemão: Eu não sei como será o final, não sei de nada...

Ela parava de contar quando os anos chegavam à meia dúzia e fazia questão de dizer que de “hoje em diante” seus passos seriam em prol de si, sem pensar em terceiros, quartos, salas e banheiros de boates baratas. Só queria saber sobre o que de fato acontecia, cansou das amigas anoréxicas doidas por escândalos e rounds de MMA com os namorados de plástico.

Chegar em casa e se deparar com uma pilha de louça e outra de roupas define bem o que é solidão, mas botar a música favorita enquanto fica de pantufas, blusão e com o cabelo todo embaralhado mostram o que é o desprendimento e o lado bom da solidão, sei lá, não precisar dividir a lasanha e o último iogurte sempre ser seu deve ser bom! A noite sempre acaba e a cama nem sempre precisa ser confortável, ela precisa confortar! E não existe isso sem bafo e pernas viradas durante uma madrugada fria...

Ela viu que não sabia de nada e decidiu se perguntar, mas onde ela começava e onde ela terminava? Será que a gente sempre vai elaborar as respostas antes das perguntas?

Decidiu encontrar-se com seu conhecimento, marcou um jantar e viu que tinha levado um bolo, sua experiência chegou como quem não queria nada e decidiu fazer companhia a ela e deixar tudo às claras.

-Moça, não busque tanto sobre si, se satisfaça com o que está em si, essa é a luz! Batuque menos...

Ela achava que não sabia, agora dança sozinha e tenta não fazer questão, tenta se contentar com cada milagre que acontece pelas manhãs frias em que o Cristo não aparece na sua janela...

Pegar leve, se acostumar que não sabemos de nada.

É o mistério, é a calma.

Mario

domingo, 4 de setembro de 2011

Do canalha, com carinho.

Eu de verdade não quero construir nada que não exista, não quero depender das minhas intuições para chegar a conceitos, quero justamente o contrário! Poder a partir do que eu sei fazer mais. Nem sempre eu consigo do jeito que eu deveria...

Bem, tudo começa girando, tudo começa quando já estamos no meio do caminho e quando olhamos pra trás já se foram as milhas e os sorrisos.

Proteção em excesso vira mimo, e quem foi que disse que eu não sei disso?! Que isso já não é um conceito aperfeiçoado, mas como eu disse outra vez: Nem sempre eu consigo do jeito que eu deveria.

Já não dou mais a mínima pro seu gosto musical duvidoso, para seus ataques, “frases com espetos” e quando eu digo que eu estou ai sem você me ver, não precisa dar “piti”! A gente começou assim. Entende de uma vez por todas que você é tudo que eu queria ter, e tudo que eu tenho medo e certeza que vou perder. Rapazes não te merecem! Mas não desista deles, por favor!

Moças especiais não entendem sua potencialidade, sofrem com isso, mas isso é um carma, o carma de ser linda interessante e sexy a todo o tempo! Ninguém de Vênus nem de Marte está preparado pra isso, é muita coisa transbordando dentro de um par de meias, ninguém pode te culpar, mas convenhamos: ninguém pode me culpar também!

Encanta e assusta em proporções magníficas e age como se fosse a maior das amantes, a melhor das amigas, a mais chata das irmãs e a mais rebelde das princesas que trocou vestidos longos por grifes que nunca vou entender o porquê de custarem tão caro! Mas faz sentido, às vezes faço sentido, nem sempre eu consigo do jeito que eu deveria...

Você sempre está linda!

Não consigo atribuir um nome a coisas tão fortes quanto nós, alguns chamam de acaso, outros de destino, outros de Deus! Não importa sua crença, de onde você veio, se você escovou os dentes ou se está com ódio do mundo...

A gente é maior que isso, maior que um oceano inteiro, talvez!

Afinal, um quarto de século é MUITA coisa, até pra quem aprendeu a amadurecer ao invés de envelhecer!

E esse texto foi escrito por duas mãos, mas com a cabeça ai! Encostadinha na sua! Nem sempre eu consigo do jeito que eu deveria...

Mas eu tento!

Mario.