quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Seitas modernas.

Primeiro vamos apresentar o dono das minhas palavras: Frei Betto!

Um militante de ações pastorais, assessor do nosso querido Lulão, é escritor, foi preso na ditadura, e fez ações sociais em países socialistas revigorando as relações Igreja Católica-Estado.
Ah esqueci, é adepto da tal ”Teologia da Libertação”, que se disfarça de Igreja pra espalhar a peste marxista, com aquele discurso de coitadismo/perdedor que se espalha pelos países do terceiro mundo.

Outro dia esse mesmo camarada (agora companheiro), botou Santa Tereza de Ávila pra transar com nosso eterno canastrão Che Gue Vara, não é mentira!! Vuco-Vuco!

O que Tio Rei me contou foi que durante A festa de aniversário da grandiosa Maria Amélia Buarque de Holanda, mãe de Chico Buarque o tal Frei tentou professar sua fé com o seu próprio “Pai Nosso”, isso ai ele não gostou do que esse tal de Jesus Cristo falou e resolveu, assim como Lula, mostrar que é mais ele!

Bem, não vou colocar aqui a tal “oração”, creio que seria uma agressão a moral e aos bons costumes.

E ele como salvador das Américas?

Imagina o rebento de Che Guevara e a Ave Maria das Américas?
Seria o salvador, com sua nova bíblia de papel reciclado!
“Tomai todos e bebei, esse é o sangue de mais de 100 mil mortos em Cuba...”(ah tio rei)
“Comeis esse pão, pois só tens ele e a comida é racionada!”

Só não vale caminhar pelas águas lá em Cuba, se não já viu o que vai ter de gente querendo fugir Pros EUA.


Sem mais.
Mario Tito;

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Seu Aristides, o Taxista #1

E ele vira a esquina, pega um passageiro com um terno muito bem alinhado e o passageiro diz:

-Para o centro, rápido!

Ele não toma conhecimento e vagarosamente, dirige enquanto o celular do seu passageiro não para, e ele inquieto no banco de trás pergunta se o ar está quebrado.

-Vou aumentar a potência, senhor...

Ele parece ter a mãe na cruz, reclama do transito da temperatura e do governo, reclama dos ambulantes e diz que tinha que estar no seu destino à meia hora atrás da que marcava no relógio caríssimo que ele ornava.

-Senhor, a essa hora o transito realmente é complicado.

Nisso o telefone do passageiro toca, ele angustiado berra:

- NÃO ME IMPORTO COM O PREÇO, O CARRO TEM QUE SER COMPRADO, PAGO O DOBRO! NÃO QUERO SABER SE TINHA GENTE NA FRENTE EU PAGO O DOBRO!

Seu Aristides calmamente pede delicadeza, pois as janelas estão fechadas e não há necessidade de tantos gritos.
O passageiro estupidamente continua:


-FODA-SE, EU ESTOU TE PAGANDO TRATE DE TOCAR ESSA CARROÇA PRA O CENTRO OU LHE PROCESSO, SABE QUEM EU SOU?


Seu Aristides calmamente joga o carro pra cima da calçada, abre a porta de trás, dizendo:

-O senhor está pagando pela corrida, não por meus ouvidos, e tendo em vista que isso é uma carroça, queria que o senhor fizesse o favor de ir pra frente dela e conduzisse-a até o centro, pois minha corrida depende disso.Aliás não sei quem é o senhor pois não se apresentou...

-ah, a propósito me chamo Aristides e sou Taxista.



(O caso não acabou na policia)

Sem mais.
Mario Tito

sábado, 23 de janeiro de 2010

Será que ela não está esperando o inverno pra ser feliz?

Agora que já deu um passo rumo a sua recuperação, imagine como seria se não esquecesse nada e se todas suas falhas fossem eminentes na sua consciência.
Cruel, não acha?
Agora você tem de volta todas suas asneiras e amigos do seu lado, todos que te usaram para alimentar a própria endorfina deles...
É um passo de volta para sua recuperação.

Permanece sempre parada a ponto de desistir, de selar a última carta com um adeus de brinquedo, não enxerga nada que não quer ver apaga cada uma de suas memórias e as esconde por não ter coragem de se assumir e se permitir reviver, muito bonito.

Se agarre ao que ainda te resta, pense no que te consome e é tão sádico que você pensa que é amor, de repente é...
Não o que você sempre quis! Sempre imaginou...
Alguém estende os braços pra você, querem te usar mais uma vez...
E talvez você aceite.

Imagine o menos dos inconfiáveis, e torne-o seu como seu confidente.
Seus segredos serão dissipados sem que você perceba, como folhas para traças...

Agora que vejo o sol bem manso pela manhã, e ele evitou nos castigar com os 40º de costume posso perguntar:

-Será que ela não está esperando o inverno pra ser feliz?


Sem mais.
Mario, ausente, Tito.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Alguém jogue de volta o que é meu?

E com um lenço me disse adeus, pensei que pra nunca mais.
Eis que quase de repente, me renasce essa vanguarda, jovem donzela prometida, se soubesse quanto te confabulei em torres e notícias do mais velho dos mundos.

Meu sabonete cheira mais do que cheirava antes, exala um perfume que nem as rosas de Cartola sentiram. Minha barba vai ser feita, meu cabelo penteado, checando o bafo e usando uma bala pra garantir o sucesso das palavras quando estiver na sua frente e começar a gaguejar, e depois nada conseguir dizer parecendo o mais idiota dos mortais.

Volta com esse sorriso que vi por palavras, vota com esses dentes que brilham mais do que a estrela polar.
Eu ainda quero sentar naquele velho ônibus e perguntar qual era a canção que embalava seu sonho, e que as ruas da cidade maravilhosa sejam palco para o mais belo dos espetáculos.

Esquenta esse café, prepara suas galochas que o inverno desse hemisfério ta chegando, e o que há de vento pra beijarmos e de chuva pra beber não está nessa nova revista que você tanto lê.

Assegure-se que meu telefone está no meu bolso, sem eu te dar o numero espero sua ligação.
Creio que sua luz não é fruto da minha fértil imaginação.

Agora é minha vez de esquecer o destino.
E torcer para que o meu fabuloso acaso se acometa em me apresentar essa estrela polar de variações etílicas diferentes.

Sem mais.
Do Sempre, sempre e sempre.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Impróprio para dromedários.

Minha febre ardia mais do que o normal, meu equilíbrio se perdia mesmo quando deitado, enfeitava as mais bonitas histórias de amor e depois a serpente invadia meus pensamentos tão límpidos.

Como pode querer correr sem pressa?

Agora faço do injusto resultado das minhas decisões mais covardes, acendo um cigarro para espantar mosquitos, como diria Noel.
Agora eu tenho dentro de mim minha maior conversa, e eu minto o tempo todo, ele acredita sempre.

A cama escorria suor como se fosse uma cachoeira de mentiras e pecados, e eu gritava aos quatro cantos, do quarto, que não ia mudar e continuaria falho e injusto! Todo o suco de laranja que minha mãe me ofereceu foi insuficiente, todo o sol que ardia não foi o bastante pra tirar de mim o cobertor mais pesado que tínhamos em nossos armários.

Como posso ir sem dizer adeus?

Agora guardo em memórias tudo que foi simbólico, queimo cartas e apago recados, me recorto em fotos e esqueço datas, entro em estado de fúria e logo acordo agitado, mais uma compressa de água fria em minha testa...

Agora sentado no Box, finalmente consigo chorar, a água parece me castigar com uma força atemporal, e parece que estou a uns vinte dias ali debaixo daquela surra de água fria.

Redenção.
Não, não foi uma redenção! Foi minha cura humana, e meus pecados? Continuaram presentes e diagnosticados por mim como eternos.

Como posso fugir de mim com minhas pernas?

Agora por fim saio pra rua e enfrento meus medos diários, não que eu os vença, mas tento me aliar aos mesmos.


Sem mais.
Mario Tito, mas vai que poderia ser você também.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O último samba e a última valsa.

Na última vez ela não o olhou nos olhos, e esfriou sua cabeça com chá gelado, cuspiu o caroço da azeitona e fingiu que dançaria a última das valsas sozinha.
Eu nunca acredito no que é pra sempre, e tenho medo do que acaba. Não é culpa dele que esteja tão vazio, os convites foram enviados.

Ele perdeu o controle, e agora se alimenta do que morreu, não é só carniça é nostalgia do que não viveu, quer tirar a vida dos outros e não consegue ser diferente, é hereditário.
Ela ainda vive sobre a tutela dos remédios de tarja preta, a maior fortaleza de um homem é sua memória, e maior fraqueza dele é a insegurança...

Ela bailou mais uma música, sozinha...

A cruz que o homem carrega consigo é sua consciência, nenhum outro ser tem disso. Imagina se um Leão fosse padecer por cada antílope que tomou de seu próprio filho?
A razão é a única doutrina que formará seu caráter, e ela esperou isso dele...
Mas esperou apenas até a última valsa...

Ele se embriagou e cantou um samba!
Soou como o último dos sambas, ele cantou...

E ela?

Vocês não sabem?

Dançou...
A última das valsas, com um Leão que foge do uso da razão.
E os remédios?
Doses duplas, mas ninguém sabe. As olheiras são culpa da insônia.


Sem mais.
Mario Tito.