E ele vira a esquina, pega um passageiro com um terno muito bem alinhado e o passageiro diz:
-Para o centro, rápido!
Ele não toma conhecimento e vagarosamente, dirige enquanto o celular do seu passageiro não para, e ele inquieto no banco de trás pergunta se o ar está quebrado.
-Vou aumentar a potência, senhor...
Ele parece ter a mãe na cruz, reclama do transito da temperatura e do governo, reclama dos ambulantes e diz que tinha que estar no seu destino à meia hora atrás da que marcava no relógio caríssimo que ele ornava.
-Senhor, a essa hora o transito realmente é complicado.
Nisso o telefone do passageiro toca, ele angustiado berra:
- NÃO ME IMPORTO COM O PREÇO, O CARRO TEM QUE SER COMPRADO, PAGO O DOBRO! NÃO QUERO SABER SE TINHA GENTE NA FRENTE EU PAGO O DOBRO!
Seu Aristides calmamente pede delicadeza, pois as janelas estão fechadas e não há necessidade de tantos gritos.
O passageiro estupidamente continua:
-FODA-SE, EU ESTOU TE PAGANDO TRATE DE TOCAR ESSA CARROÇA PRA O CENTRO OU LHE PROCESSO, SABE QUEM EU SOU?
Seu Aristides calmamente joga o carro pra cima da calçada, abre a porta de trás, dizendo:
-O senhor está pagando pela corrida, não por meus ouvidos, e tendo em vista que isso é uma carroça, queria que o senhor fizesse o favor de ir pra frente dela e conduzisse-a até o centro, pois minha corrida depende disso.Aliás não sei quem é o senhor pois não se apresentou...
-ah, a propósito me chamo Aristides e sou Taxista.
(O caso não acabou na policia)
Sem mais.
Mario Tito
5 comentários:
aí quando é tarde da noite, os dois saem juntos de uma sauna...
xD
um viva ao seu aristóteles \o/
#1? isso quer dizer q a hitória continua... bom, bom, muito bom x)
"...reclama do transito da temperatura e do governo..."
Logo se via que boa coisa não era, esses passageiros!
Seu Aristides poderia ficar com Dona Matilde!!
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