sexta-feira, 27 de março de 2009

Contos de uma noite de verão, com chuva.

Tem uns ruídos estranhos vindo daquela porta. Eu tenho um medo que me dá tanta vontade que acho que vou bater...
As lâmpadas se apagam conforme eu caminho, e o vento faz a chuva agredir as janelas de vidro, meu senso de humor acaba a cada trovão.
Continuo caminhando até a porta...

Minha pele fica mais pálida do que o comum, e eu viro cúmplice de mim mesmo em cada gesto errado que me acometo a cometer.
Não durmo durante doze dias, e agora parece que estou trancado nesse sonho sem fim, essa aqui não é a minha casa e a porta está ficando próxima...

Essa insônia parece ter necessidade de me fazer réu de sua vaidade cruel, a porta parece que foge de mim a cada passo que eu dou, parece que na corte do meu interior sou o bobo e sua vontade impera a mãos de ferro, como um rei decepador de cabeças e prolongador de sonhos.

Então como todo sonho, eu acordei suado e com as mãos trêmulas fui abrir a porta e estava trancada...
Mas a janela estava aberta, consegui sorrir e fechei a cortina.

Sem mais.
Mario Tito.

3 comentários:

T disse...

Sempre há uma saida.

Unknown disse...

ta demorando muito pra postar,estou sentindo falta..

misssilpati disse...

é.. a chuva... santa chuva...