segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Tenho o violão.

Hoje separei o dia, meus senhores, para limpar meus velhos vinis e reler a carta de suicídio da minha esposa imaginária.

Sinto-me jovem no auge dos meus cinquenta e tantos anos, esse livro amarelo tem uma boa história, pena que eu arranquei a última página amarela, a de número cento e vinte nove, eu odiei o desfecho, então, esse livro sem final é o meu favorito.

Tem bastante louça para eu lavar, e as plantas pedem água. Já paguei as contas semana passada e ontem passei óleo de peroba no violão.

Um passeio até a padaria me fará bem; um café; quem sabe um livro.

Ela se matou no dia que eu decidi ser só, no dia que me neguei do direito de dizer de verdade que eu queria tanto, mas era tanto, que não me conformaria com o não, decidi-me fugir disso trocando o meu penar físico, pela minha sanidade mental, cortejei a sanidade utópica e agora falo sozinho, ou melhor, escrevo.

- Me venda três pães franceses, e um chá gelado, por favor?


Não se sonega sentimentos.
Eu deveria ler meus textos
Vocês também.

Sem mais, por hora.

Tito, o Mario.

Um comentário:

misssilpati disse...

trocaro seu penar físico, por suasanidade mental utópica pode ser meio ariscado...

bom é correr riscos, bom é falar sozinho, bom é ler o que está escrito
(ou não)

ps: mais do que nunca quero um violão.