Sua timidez era infantil como um brinquedo, sorria sem graça e sentia pavor, temia a morte de seus mais queridos e esperava com o braço arrepiado de medo...
Tossiu uma gota, e era de sangue cuspiu o amargo do amor antigo, que hoje em dia não é mais fiel, não é amigo não é o que se tivera um dia prometido.
Sua timidez era madura como uma fruta que caiu do pé. Sorria pouco, pois era adulto e sentia medo de medo sentir.
Tossiu amargo o gosto do cigarro, cuspiu no prato de volta a comida, que hoje em dia não é mais presente, não é amiga e não se acomete.
Sabia muito, mas não lia nada, sentia frio, mas nem se cobria ele era forte, era homem bom e ensinava a rebeldia que ele viveu, usou discurso pra ser aclamado virou um foco de admiração, todos queriam ser igual a ele.
O moço que passara fome, que matara porcos e comia gente, o homem que lutou com a sorte virou cabra de pedra que não se abatia, tinha olhar de quem sofrera muito, e aquele medo que antes soprava e arrepiava o braço do rapaz, virou brinquedo que ele não tivera que ele não brincara que ele não sabia...
E esse Deus que ele acreditava também não disse nada que ele quisesse ouvir, fumou a bíblia toda, e disse que era o santo que vivia ali...
Morreu sozinho quinze anos depois, sem uma perna e com um cachorro preto, que parecia ter sido a companhia daquele que queria ser o novo mártir de quem não tem sono.
Sem mais.
Mario Tito.
3 comentários:
eu dormi a tarde toda hoje.
A frase era de Lênin, você acertou!
Mas eu não sou tão orgulhosa a ponto de não admitir meu erro.
Entende agora o que eu quis dizer com retroceder pra melhorar?
Beijo!
Ps.: não tava com tempo de ler os seus post, mas coloquei hoje a leitura em dia. Muito bons!
estaria mario tito a criar a versão masculina de macabea neste post? e a pergunta fica..
Postar um comentário