domingo, 11 de janeiro de 2009

Cap.III - Como dormir em paz.

Olha o lençol manchado com sangue, e um bilhete de despedida após a primeira vez dela, as pessoas tem distúrbios, eu sei.


"É, fostes até o dia que o pra sempre permitiu, foi pouco, foi intenso, foi pra mim...
Te amo."





Como ela poderia ter tanta certeza que não era amor? Eu não era confiável por quê? Meu cabelo? O tênis desamarrado? Ou o videogame na mochila? Eu sabia falar e tinha datas históricas na cabeça, poderia limpar vidros e comprar uma chácara para nós dois.

Era bem melhor continuar jogando meus jogos imaginários que eu sempre vencia e não havia derrotados, me habituei a ser feliz, mas me apresentaram a dor, não quis sentir, fiz bico e não olhei a ela...

Disseram-me que escrever demais fazia mal para a cabeça, mas quem disse que normalidade se mede? Ou se tem, ou se observa ou se condiz!


Queria parar de comer e levantar do meu trono de risos, parar de ouvir minha voz rouca e escutar músicas em rádios FM.
Quero o escuro do meu quarto, e a luz do computador que traz como plano de fundo uma saudade e uma foto do Homem Aranha, heróis são assim...
Há quem prefira o Obama ou o Che Guevara.


Sem mais.
Mario Tito.

Um comentário:

Anônimo disse...

"é.
só sobraram bilhetes no criado mudo." (8)