O filho dele não conseguia dormir, pois acreditava muito nos monstros que via na TV, o pai que trabalhara o dia inteiro ali ficava esperando o filho pegar no sono, e inventando mil histórias pra ele.
“Meu filho, era uma vez um rapaz que não sabia nadar, porém toda tarde ele ia até a praia e desafiava o mar com gritos e pedras: - Sou mais forte que você! E atirava as pedras. O mar continuara manso e o menino confundia seus medos... Ele não tinha medo exatamente do mar, e sim da sua fragilidade perante ele, e que culpa o mar tinha por ele não saber nadar? O menino não entendia, e seu ódio pelo mar só aumentava à medida que todos entravam em suas águas, claras e mansas! Certo dia ele atirava pedras e o mar estava agitado, e era um dia frio também...
Ele percebeu uma menina se afogando e pedia socorro, ele olhou seu entorno e ninguém via... Como deixar aquela menina ali? Ele tentou dar uma corda pra que ela se segurasse e ele conseguisse puxá-la pra fora da correnteza, acabou caindo lá também... O mar com suas ondas enormes conseguiu devolver ambos pra areia...
O menino entendeu que criou um inimigo dentro dele, e que só ele mesmo podia se salvar disso, ele era o próprio bandido e o próprio herói de si... ”
É isso, reconhecer o seu bandido, e fazer com que ele se arrependa e se torne uma pessoa melhor, ou despertar a maldade mundana no seu herói de plástico, que vê flores onde os espinhos cortam que vê solidariedade, um mundo melhor, pessoas iguais...
Sabe? Vegetarianos...
Todos esses mocinhos idiotas que pensam que vão melhorar a vida de dois milhões com atitudes impulsivas.
Nem sempre o vilão é o cruel da história.
Sem mais.
Eu mesmo.
Um comentário:
eu gosto desses salvadores do planeta que lutam contra opressão e querem um mundo melhor...
sao tão implacáveis e mandões...
xD
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