Eu espero amigos antes de entrar no trem, vou rindo das piadas e dos vendedores com suas artimanhas pra conseguir vender seu produto, morro de rir do jornal que eu compro, vou de estação em estação percebendo quanto é charmoso o subúrbio carioca...
Ainda acho que isso é patrimônio histórico!
Sou amigo do motorista do ônibus, ele me deixa sempre no sinal, o português da padaria já sabe como eu quero meu pingado e meu pãozinho na chapa, o senhor do cachimbo me oferece conhaque...
O ascensorista pergunta como está o meu Vascão, escovo os dentes rindo da rapaziada que comenta como foi o futebol de sábado.
Volto pra casa e paro no churrasquinho, peço aquele bem passado que já está me esperando, pago e deixo o troco pra ela.
Entro no trem e conheço um desconhecido, que vira conhecido e duas estações depois tenho certeza que nunca mais vou encontrar-lo.
Chego em casa e sento na frente do computador, tanta gente pra falar e eu aqui, olhando pras paredes...
E você quer saber? Eu adoro o computador, não preciso botar uma roupa, não sinto seu bafo e nem preciso sorrir de verdade...
Não preciso te levar a sério, nem você a mim.
Não precisamos pegar trânsito e nem correr o risco da chuva estragar alguma coisa...
Posso escolher a trilha sonora de cada um, e posso encerrar uma conversa botando a culpa na luz.
Bendita inclusão digital...
Sem mais.
Mario.
2 comentários:
virou burgues ...
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