Andava de mãos livres e dizia belas frases ao vento, frases que todos ouviam e todos aprendiam e usavam como ensinamentos.
Usava roupas elegantes e um cabelo muito bem penteado, barba bem feita e sempre um sorriso largo, ajudava orfanatos e visitava sua mãe nos finais de semana.
Gozava de uma saúde estável e tinha uma família com muitos problemas comuns, tinha janela na parede do escritório e estava a dez anos na empresa.
Seu carro tocava algumas músicas do Djavan e alguns sucessos dos anos oitenta, comia em fast food´s, e gostava de ir ver jogos de futebol.
Ia à missa aos domingos e dava uma oferta generosa na medida do possível e na segunda levava os dois filhos no colégio dava um beijo e desejava boa aula.
Limpava o quintal no sábado e ia jogar bola com os amigos.
Tinha alguns homicídios nas costas, mas isso não o julga bom ou ruim, não concordam?
Alguns o consideram um homem comum, sensível a erros.
Os sacerdotes de sua igreja jamais reclamaram disso, e ainda agradecem as ofertas muito bem dadas por ele.
O diretor do colégio caríssimo de seus filhos também fingia não ligar...
Ele não se confessava, não queria perdão e quando ia ao orfanato era chamado de santo.
Vai saber...
Eis então um homem bom...
Sem mais.
Mario Tito
4 comentários:
E quem é perfeito, afinal?
a beleza está nos olhos de quem vê?
respondendo a perguntas acima: Djavan, ele sim é perfeito.
e sim, melhor ainda se vc for míope.
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