quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Tão casual quanto eu e você.

Eu me sentei e ela chegou e sentou-se ao meu lado. Pus os fones para ouvir minhas canções enquanto ela punha os fones também.Eu não sabia como ela se chamava e nem o que ouvia.
Voltou o rosto e olhou aos meus olhos, eu abri a janela.Duas horas de inquietude, de silêncio de toques e pedidos de perdão pelos toques que ambos,obviamente, queriam.Queria tanto saber o que ela ouvia, mas não perguntei.

As curvas de histórias que mesclam passado com futuro que fazem a natureza e a modernidade virarem uma mistura de verde com cinza que dá um aperto, uma vontade de conhecer cada canto, cada canto dessas ruas e cada canto dessa menina que ao meu lado adormeceu, e como dorme de um jeito bonito e apaixonante.

Livros de História, uma bolsa branca e lindos cabelos negros. Carregava em seu pulso um terço e uma calma em seu sono. A música devia estar acalmando ela, pois as buzinas não paravam e as pessoas contavam as vidas umas para as outras.

Cada um amaldiçoava a vida de uma maneira, cada uma reclamava de alguma coisa.
Ao descer pedi licença a minha princesa desconhecida e ainda olhei pra trás, ela retribuiu com um sorriso que deixou suas maçãs bem avermelhadas.

Andei até o bar, pedi meu café e um pão com um pouco de presunto, senti um perfume familiar e olhei pro lado...
Era ela...
Sorriu-me como quem diz “olá”, perguntou se podia se sentar, eu não hesitei e balancei positivamente a cabeça.

-O que estava escutando?
- Beatles! Me disse sorrindo...
-E você?
-Eu também. Repliquei enquanto tomava meu café...

Sem mais.
Mario Tito.

3 comentários:

Anônimo disse...

pena que nem sempre acontece de se esbarrar no bar.

Anônimo disse...

ps: bom demais esse post

misssilpati disse...

*_*