-Prometo largar ela com os gritos histéricos e o bonsai que ela ama tanto, ele me disse.
Ela bate a porta cada vez que saí de casa, olhar cada vez mais denso e insano, sente falta, mas não o chama...
Vejo fragmentos de cigarros fumados passarem por minha janela, até altas horas da noite... Ainda ouço Beatles e ela ainda anda pela casa.
Olho pela janela, e o vejo no bar. Provavelmente ela o vigia com um cigarro na mão e alguma bebida na outra, enqaunto traja seu pijama.
Tenho que trabalhar, o botão do elevador eu já apertei, só falta ele descer. Não prestei atenção, mas quando dei por mim estava no elevador com eles dois... Ela escondia a mão enfaixada, mas eu ouvira o barulho de vidro se quebrando...
Outra noite rotineira pra mim, telefone nas mãos e Beatles tocava...
Vejo a minha vizinha, essa mesma moça sobre quem vos narro os fatos, descer não mais pelo elevador, e sim “voando” em frente minha sacada que por sinal é um andar abaixo do dela.
Não tenho intimidade com esses estranhos, espero que ele esteja bem.
Vou pegar o controle da TV, acho que passa um documentário sobre 2ª Guerra Mundial.
Sem mais
Mario Tito.
4 comentários:
se importe mais,
vale a pena.
;)
mais do que você pode imaginar !
a gente finge que não vê.
cara, me diz a fórmula que vc usa pra a cada dia que passa escrever melhor! apesar de meio "gótico" o texto tá muito bom.
intimidade entre estranhos...
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