Birds

A felicidade alheia incomoda esse pássaro vermelho, aquele pássaro que bate asas e não vai pra lugar nenhum, não é o passarinho do twitter que faz a mesma coisa, ele pegava grãos por onde passava, to falando a verdade, quase nunca eu minto...

Nada que você faz é bom o suficiente para que nenhuma pessoa menor que você possa superar, assim as coisas caminham e assim vamos cortando nossos laços, aqueles laços que pareciam nós firmes e já encruados em corda velha, porra nenhuma...

Foi só esticar que tudo se transforma em mural, tudo vira filme pra fotografia preta e branca e tudo pesa no pescoço como câmera nova ou cordão de ouro!

Sabe o que esse pássaro me diz toda vez que voa pra longe!? Ele me diz que quer voltar no tempo, naquele tempo que ele podia pousar nas calmas águas da lagoa sem se preocupar com essas ondas, matinais.

Agora vou ser mais claro: O Pássaro Vermelho é o seu ego, vermelho porque quer chamar a atenção com adereços, adornos e quer mais ser honrado pelo que tem do que pelo bem que faz aos que ficam por perto. Suas obras de arte têm como material uísque paraguaio e piadas repetidas, aventuras sexuais que permeiam um amor bandido, um amor fiel e rodado, uma amizade comprada por conveniência, sabe!? Aquela conveniência de ter quem te ligue no final de semana pra escrever em conjunto um livro sem parágrafos da nossa história.

Agora as penas do pássaro servem pra assinar contratos que serão rasgados após a primeira música tocar, sua carne vira espeto de churrasco mal temperado e a Vila não ganha o carnaval...

Ele deixou seu ninho, uma geração de ovos quebrados que faz questão de não ser lembrada por quem eles fazem questão de não conhecer.

Sem mais.
Titão!