...a segunda...

A segunda era a mais desligada delas. Sua atenção se desfazia a cada nova novela, a cada piada em hora inadequada e a cada vez que usava força demais em algo fácil de se mover! Era induzida de maneira desumana por todos que ousassem defendê-la, iluminava becos escuros com um sorriso e cativava sem querer, era amada por quem amava e por quem ela odiava também. Se fossem definir todas as esquinas do seu corpo e do seu humor em uma palavra eu diria simplicidade, sim, não tinha nada demais, sorria o suficiente, chorava o suficiente, era bonita, mas não linda, passava longe da ignorância e mais longe ainda da sapiência. Flertava, amava e se desiludia!

Esperava a banda passar tocando coisas de amor, a banda passou mostrando ao que veio,levou sua inocência e sua simplicidade virou escada para as mais falhas relações e por fim a sorte caiu do seu lado, não foi da melhor maneira possível, mas foi da maneira que ela queria...

Lançou-se ao mundo com a gana de conseguir, mas não sabe o que nem por onde começar. Ela agora relativiza sem saber, faz sinais para surdos e acolhe crianças em suas asas de mãe. Consegue cozinhar, esquece a louça suja e sofre assaltos.

Decretou em meio a guerras em distantes terras o seu amor, sacudiu o príncipe até ele entender de uma vez por todas que ele gostava dela, e sem ela ele era sem ele! Foi senhora da sua vontade, de um jeito simples e intuitivo, mais do que sabedoria ela adquiriu intuição!

Ela muda de cor de acordo com a estação do ano, dorme demais e é espaçosa o suficiente pra irritar o tal príncipe de chinelos.
Resgatou sua simplicidade, e agora só tenta ser feliz.
Segundo o sorriso dela, consegue isso a cada acordar e a cada ligação

Sem mais.
M. Tito.