E lá vem meu abre-alas com poucas cores e destaque para a saudade que sinto do que se passou, meu confete é todo dourado e cola na testa, e tenho medo de me ferir com a minha língua de serpentina.
Começa hoje pra todo mundo a orgia declarada, onde todos viram tudo que nunca são nos dias comuns, nessa época meninas se doam, meninos se apropriam, pais de família viram liberais, e filhos não são filhos.
Eu já botei minha cerveja pra gelar, ansioso pra ver minha Vila Isabel desfilar. Acredito na essência dessa baderna, e me divirto com o despojamento carioca.
Tenho medo dos bloquinhos, tenho medo de assaltos.
Sinto falta do que se vai...
Bem, é isso!
Bom carnaval, já é festa e...
Tchau!
Até as cinzas, e pra antes de ir de vez, pra variar:
“João Ninguém
Não tem ideal na vida
Além de casa e comida
Tem seus amores também
E muita gente que ostenta luxo e vaidade
Não goza a felicidade
Que goza João Ninguém!”
Noel Rosa.
Depois dizem que ser João ninguém é uma ofensa!
Sem mais.
Mario Tito
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