quarta-feira, 2 de julho de 2008

Jogue fora essas desculpas velhas.

Era Uma enorme mesa de negociações, em um lugar distante, onde tratos eram feitos por baixo da mesa e por cima todos sorriam com o mesmo sorriso amarelo fingindo não ser igual ao outro. Cada um deles queria e defendia um tipo de percepção e tinha planos opostos ao outro, com diplomacia e café um sorria ao outro com um pouco de jogo de cintura, com a destreza dos mestres do engano, negociavam.

Talvez estivessem em um barco, a história é minha não preciso por detalhes, se estivessem em um barco não mudaria a história(ou mudaria).

O perigo dessas negociações era como o perigo de uma guerra eminente, em meio a tantos sorrisos um queria a cabeça do outro. Talvez de todos aqueles mestres da astúcia, o mais sábio daquele barco que estava parado no deserto fosse o jovem garçom que servia água, café e deveras um biscoito.

Percebia cada blefe e cada contato de pernas por baixo das mesas, e sentia que aquilo era um jogo de xadrez e cada hora que se passava poderia ter como fim um holocausto, preveniu-se com suma crueldade, e os trancou dentro da sala de negociações e fugiu do barco estacionado no deserto...

Agora a diplomacia deve ter se encerrado dentro do barco, e a sobrevivência deles depende da carne do outro.

Sem mais.
Mario Tito

Nenhum comentário: