segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Por mais incrível que pareça.

Ajeita o cabelo, compra bolsa nova e não se esquece da maquiagem, tem que ser tendência suas amigas não podem estar mais deslumbrantes que você, leia o livro mais comentado, assista os filmes mais vistos, não se esquece de focar os olhos em política internacional e futebol carioca.

Mostra pra todo mundo o quão incrível você é e o quanto todos esses caras bem sucedidos querem você pra desfilar ao lado deles, mostra pra esses caras bem sucedidos o quanto você é bem sucedida e o que os sarados da academia fariam por uma noite com você.

Shopping, livraria, amigas, trabalho, especialização, perfumes, mãos finas, cabelos brilhosos e uma vida de uma mulher incrível.

Deixa isso pra lá, toda vez que alguém pergunta, bota a marmanjada no chinelo no lado profissional, ela quem vai buscar o cara em casa, salienta sua independência e quando chove nas férias ela se esbalda dos DVD´S de Sexy and the City, muito comum pra uma moça da geração X.

Mas a noite quase sempre chega e acompanhada as músicas que quase sempre tocam nas horas erradas, os personagens acabam se dando bem apesar das lições dadas ao longo do capítulo, sua TV vai desligar, a música vai parar de tocar e a cama vai continuar vazia, ela queria ser uma mulher incrível, conseguiu ser incrível e acabou se esquecendo de ser mulher...

Agora ela propaga sua imagem de manequim ambulante e finge não dar a mínima pra melhor amiga que ganha menos que ela e vai passar as férias com os filhos e o marido na praia.

É o preço que se paga por ser incrível!?
Não, é o preço que se paga por querer ser incrível.

Talvez Sem mais por esse ano.
Mario Tito

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