quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Luz de capacete, sorte de principiante.

Eu chamo de sorte tudo aquilo que eu atribuo ao dia e tiro da minha conta e da minha fé.

Pra todo mundo que canta achando que a voz não é ouvida, pra todo mundo que bate e acha que nunca vai sentir dor, pra todo mundo que troca dinheiro por cartão de crédito, pra todo mundo que planeja, pra todos mundo que tem problema na família, pra todo mundo que não conhece Noel Rosa, pra todo mundo que não come a carne da feijoada, aqui se faz!

Toda vez que você sai dos lençóis dela e passa a virar página de livro ela se sente na condição de assumir um novo amor platônico, de encher os cornos pra mostrar o quanto é feliz sem ouvir Sambistas da Lapa no seu quarto de arquitetura modernamente retrô, o quanto ela é feliz sem lembrar que ele existe, ou melhor, sem lembrar que ele não existe...

Mas ele ta lá, do outro lado do mundo ouvindo música eletrônica enquanto tenta fazer mágica com um baralho bandido e enrola os amigos com dados viciados, esquece de fazer a barba e de fazer sexo com sua amante, deve ser pela falta de vigor dela e de juventude dele...

E ela se sente gritando até sua garganta arranhar e diz que a música não é ouvida, Paul não canta baixo mesmo, enquanto isso ele não cansa de arranjar brigas nas ruas, mas ninguém consegue cicatrizar seus ferimentos morais, ele sente dor, e muita!

Todas as vezes que eu escrevo por aqui me sinto como ele! Longe dos lençóis dela e perto do fim do mundo, e por mais incrível que pareça eu digo e repito:
Toda vez que o mundo acaba eu me sinto no meu dia de sorte, o acaso me dá essa sensação!

Portanro, senhor Destino, faça-me o favor de não me tirar o que nem minha fé conseguiu me dar!!


Tenham uma boa sorte!
Sem mais.

MT.

2 comentários:

Clarissa disse...

"Colour my life with the chaos of trouble"

Karol Gonçalves disse...

Quase amo!


"Toda vez que o mundo acaba eu me sinto no meu dia de sorte, o acaso me dá essa sensação!"

Acho que entendo.
Sorte a minha?