domingo, 26 de setembro de 2010

Chegou o dia dos grifados sem graça parte V

Voltei!

Escutem essa musica que toca sem você ao menos apertar o botão...

Primeiro deixo meu ego na gaveta e assumo minha forma de bicho grilo inconsciente, depois esqueço as contas na gaveta e vou pra praia, finjo que sou surfista descolado e me empasto de protetor solar, agora sim...

Passeio por minhas conclusões e desacato autoridades psicológicas que me mandam viver a vida que eu deveria, foi escolha minha agredir maconheiros, foi escolha minha acreditar em Deus até mesmo quando as evidências me deslocam, não sou o marido corno da minha !

Caminhando até o chuveiro a dúvida entre o banho frio e o banho quente deixa minha cabeça em desalinho, ter duas possibilidades nem sempre é bom quando você pode escolher a errada e perceber isso!Quando você só tem uma opção o arrependimento não vem, e não há nada mais cruel que se arrepender!

Abri o livro que eu já li quatro vezes, parece que ele escreve em outra língua, só consigo ler as consoantes e ele não me esclarece mesmo tendo a lucidez da sua literatura empilhada em minha estante, uso a caneta, marco frases feitas que não decoro e quando vejo já se foram vinte páginas que pareciam em branco, me culpo por não saber...

Que doce gostoso tinha na geladeira, deixei metade dele pra depois do jogo de futebol, mas eu sempre durmo antes do final do primeiro tempo...

Não sei dançar, e meus pés me desobedecem marchando ao som dessas músicas que tocam mesmo sem eu apertar o botão, me movimento em terríveis passos mal feitos e que me envergonham, mas foi como eu disse antes: Largo toda minha arrogância e meu ego na gaveta pra tentar ser feliz!

Vai dizer que vai vomitar agora?

Sem mais.
Mario,pô.

sábado, 4 de setembro de 2010

Alice no país das distrações

Essa menina que cansou de fugir de cães e decidiu seguir corvos, planta rosas em bueiros e supera constantemente suas deficiências de acordo com a fase da lua!

Cara, é difícil demais pra tomar uma dose de conhaque e se sentir a Alice no país das distrações, se perdeu em uma piscada e ao invés de seguir um coelho seguiu um carro preto, e a corrida do Táxi tomou metade do dinheiro que ela tinha...
Ela queria se encolher e tomou um absinto rasgando sua garganta, se sentiu num mundo onde os gatos não deixavam o sorriso, e sim a conta do motel...

Acode agressivos com carinho, apanha e vai pra casa sem lembrar-se de nada! Moças que se vestem de azul sempre querem ficar próximas do céu sem ter asas, sempre querem ser refletidas no mar sem se afogar em águas salgadas que correm do rosto, culpa dos modos mal dados pela mãe...

A Rainha Vermelha é como o Diabo, e você se tranca em seu quarto querendo cortar as cabeças, tomando o posto da tirana de copas e se refazendo em comédias virtuais em tempo real, vai lá...

É como todo conto que não sei o final é como se ela fosse sem dizer adeus a todo o tempo e eu não conseguisse correr, estou algemado pela minha ausência de palavras e pelo excesso de desculpas que tenho que dar a todo o momento que ela se levanta com a fúria de um titã, de um Deus grego em papel comicamente trágico...

Me desculpe por não terminar o conto, é que nunca vi o destino da Alice, me distraí!
Tomara que não seja igual ao dela!

Sem mais.
Mario.