Então ele disfarça porque já sabe tudo que vai ouvir, se habitando em assuntos que cada vez fogem mais do seu entender, ele não quer entender sobre tudo, e sim sobre todos.
Não vai conseguir nenhum dos dois, adianto logo.
Agora o som desse berimbau ecoa sobre a sua janela, ele se sente o mais africano dos boêmios, e do alto do seu sobrado sorri.
Suas raízes são distantes e ele sente calor a todo o tempo, O Fantástico não é o melhor programa de domingo à noite quando se está sozinho.
Parece que quer passar a todo tempo uma imagem diferente, acaba que fica desfocado na frente de todos os outros, é uma canção sem letra! Essas nunca falham...
Falo dele como se fosse você, que não quer se aprumar que não faz justiça ao seu apelido seja lá qual for...
São só dentes e uma boca vermelha, qual o problema de ouvir um não ou conseguir um beijo?
Nenhum dos dois mata, acredite.
Uma garrafa do vinho mais barato que tiver um filme clássico, algumas azeitonas...
E quem te disse que a solidão é pior que o calor!?
Enxugue essas lágrimas de sono, penteia esse cabelo e volta pra cama!
Sem mais.
Mario Tito.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Saudades de imitar o Tio Rei...
Não, ele não quer se meter nos governos alheios!
Foi o que ele fez em Honduras, né? Quando abrigou um presidente que feriu a constituição hondurenha, e abalou a jovem democracia daquele país.
Ele não se mete mesmo é no governo de Cuba, que como vocês já viram, ele foi fazer uma visitinha. Alguma alusão a democracia em suas sabias falas?! Pra cima de mim, Lulão?
Agora ele toma posse de sua vaga nesse ménage-à-trois ideológico(Hey!).
Raul, Luiz e Fidel! Parece grupo de Rumba!
Olha só, por baixo vou dar uma rapidinha pra quem anda com a camiseta do Che, e comenta a belíssima educação e saúde da ilha.
Informa o Livro Negro do Comunismo:
“Desde a revolução, em 1959, somam 17 mil as pessoas executadas a mando da dupla”
E não é só isso, meu caro jovem baderneiro:
“Estima-se que outras 83 mil tenham morrido afogadas tentando deixar a ilha...”
Aquela prisão caribenha comandada pela dupla, digamos, amiga de Lulão.
Enquanto os opositores de Lulovisck criticaram a presença do presidente na ilha, e na banheira de sangue, alguns dos partidários do nosso São Lulovisk defenderam o presidente e ainda por cima, pasmem, Raul e Fidel!!
Devo ser um Fascista mesmo!
Vou tomar meu café, bom dia pra vocês!
Sem mais.
Mario Tito.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Especialistas analisam, e sentenciam!
Quando eu descobrir de fato que minha euforia passou, vou recontar os meus passos e me desalinhar de vez.
Trago boas novas pra o blog, e é chuva! Não, não quero o copo...
Tentei beber e foi ácido!
Agora me embolo com a idade daquele holograma e me disfarço de bom moço pra impressionar. Jogo dardos na parede e a foto do Chico Buarque está lá colada, esperando a flechada certeira em seu lindíssimo olho azul direito.
Adoro futebol sergipano, e a série C-3 do paulistão, a Rede Vida tem sido uma grande companheira.
Tenho nojo de placenta e do que penduro no armário, vejo o sol como um vilão e refrigerante como pecado, me sufoco de passados, e me amedronto de futuros presentes.
O que você considera beirar a sua plenitude?
Já sei! Dois copos de conhaque e dois remedinhos de tarja preta podem me desinibir e me fazer um brucutu doce como mel...
Raul Seixas perdeu o medo da chuva, deve ter sido por falta de sede!
E eu? Sei lá...
“Deixa ser como será.
Tudo posto em seu lugar.
Então tentar prever serviu pra eu me enganar”
Doutor Amarante, tomara que o senhor erre!
Sem mais.
Mario Tito.
Trago boas novas pra o blog, e é chuva! Não, não quero o copo...
Tentei beber e foi ácido!
Agora me embolo com a idade daquele holograma e me disfarço de bom moço pra impressionar. Jogo dardos na parede e a foto do Chico Buarque está lá colada, esperando a flechada certeira em seu lindíssimo olho azul direito.
Adoro futebol sergipano, e a série C-3 do paulistão, a Rede Vida tem sido uma grande companheira.
Tenho nojo de placenta e do que penduro no armário, vejo o sol como um vilão e refrigerante como pecado, me sufoco de passados, e me amedronto de futuros presentes.
O que você considera beirar a sua plenitude?
Já sei! Dois copos de conhaque e dois remedinhos de tarja preta podem me desinibir e me fazer um brucutu doce como mel...
Raul Seixas perdeu o medo da chuva, deve ter sido por falta de sede!
E eu? Sei lá...
“Deixa ser como será.
Tudo posto em seu lugar.
Então tentar prever serviu pra eu me enganar”
Doutor Amarante, tomara que o senhor erre!
Sem mais.
Mario Tito.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Digam que eu eu não presto, e que meu lar é um Botequim...
O que eu preciso fazer pra te reconhecer nas fotos!? Eu passo todo dia pelo mesmo bar, rodo e não percebo você, está ali eu sei, mas se esconde em algum balcão, ou nos braços de algum rapaz.
E como faço pra recuperar meus amigos, sem destruir meu presente? Queria poder me arrepender, e aceitar o perdão...
Já que estamos esperando o próximo carnaval, poderíamos aproveitar esse frio e fazer dele um aliado para que esqueçamos todos os males que fizemos um ao outro mesmo sem saber.
O que é sem querer também fere.
Eu te assumo que não presto te confesso meu amor, procuro melhorar e te isento de sofrer.
Agora repenso minhas escritas, e redigito o que um dia achei que não fosse justo.
Falo bonito, me porto mal e xingo palavrões que fazem damas tamparem os ouvidos. Bebo cerveja quente, pois só tive dinheiro pra ela, aliso a mesa e faço desenhos com o suor dos copos.
Peço a conta, estou sozinho...
O que eu posso esperar desse outono além das folhas secas? Acho que tinha que ter um carnaval de inverno, com pessoas ultra vestidas, gorros na cabeça, um samba menos feliz e desfiles de razões, ao invés de carros...
Ta ai! Eu no direito de dono do Blog, de minhas orações, paixões, arbítrios, garrafas térmicas, noites de amor, noites de ódio, paixões platônicas e etc. declaro que em Junho, teremos o carnaval do Inverno!
Sem mais.
Mario.
E como faço pra recuperar meus amigos, sem destruir meu presente? Queria poder me arrepender, e aceitar o perdão...
Já que estamos esperando o próximo carnaval, poderíamos aproveitar esse frio e fazer dele um aliado para que esqueçamos todos os males que fizemos um ao outro mesmo sem saber.
O que é sem querer também fere.
Eu te assumo que não presto te confesso meu amor, procuro melhorar e te isento de sofrer.
Agora repenso minhas escritas, e redigito o que um dia achei que não fosse justo.
Falo bonito, me porto mal e xingo palavrões que fazem damas tamparem os ouvidos. Bebo cerveja quente, pois só tive dinheiro pra ela, aliso a mesa e faço desenhos com o suor dos copos.
Peço a conta, estou sozinho...
O que eu posso esperar desse outono além das folhas secas? Acho que tinha que ter um carnaval de inverno, com pessoas ultra vestidas, gorros na cabeça, um samba menos feliz e desfiles de razões, ao invés de carros...
Ta ai! Eu no direito de dono do Blog, de minhas orações, paixões, arbítrios, garrafas térmicas, noites de amor, noites de ódio, paixões platônicas e etc. declaro que em Junho, teremos o carnaval do Inverno!
Sem mais.
Mario.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Depois dos quatro dias a chuva caiu!
Enfim, o fim do carnaval, e o que você conseguiu de saldo?
Quarenta homens a mais!? Bastante esperma na sua saia caríssima?
Histórias pra se vangloriar aos seus amigos!? Economias de um ano inteiro “bem investidas”!?
Assistiu sua escola favorita?!
Ficou bêbado?!
Descansou do chefe?!
Aproveitou pra faturar um trocado!?
Se emputeceu no transito?
E se pensarmos no carnaval como um balão?
Primeiro os preparos dele, muito cuidado pra tudo dar certo, ajeita a bucha prepara os ornamentos.
depois ele sobe, é festa e alegria, e dá pra curtir enquanto ele sobe, sobe e toma conta dos céus como se levasse um recado para os anjos!
Mas como tudo que é bom dura pouco, o balão ainda no céu é coberto pelas próprias chamas e vira cinzas! Ta aí é o carnaval!
Primeiro o preparo, depois os quatro dias de folia, e por fim as cinzas.
Ufa, dei meu jeito de citar Noel Rosa de novo aqui na quarta-feira de cinzas!
“Já mandei um balão com foguete
Levar um bilhete
Ao meu Antônio
E o balão, pra fugir do inverno
Entregou no inferno
O bilhete ao demônio!
Satanás respondeu ao recado:
"Balão apagado
Não entra no céu...
No inferno tu serás respeitado,
Tu tens tanto pecado
Que eu tiro o chapéu!"
Num balão que a chuva apagou
Alguém me mandou
Este triste recado:
‘Eu espero ver a tua descida,
No céu da minha vida,
És balão apagado’!”
Adivinhem?!
Bom, Feliz 2010! Agora sim o ano começa!
As igrejas se enchem de confissões, e nossa querida rotina se petrifica.
Sem mais.
Mario Tito.
Quarenta homens a mais!? Bastante esperma na sua saia caríssima?
Histórias pra se vangloriar aos seus amigos!? Economias de um ano inteiro “bem investidas”!?
Assistiu sua escola favorita?!
Ficou bêbado?!
Descansou do chefe?!
Aproveitou pra faturar um trocado!?
Se emputeceu no transito?
E se pensarmos no carnaval como um balão?
Primeiro os preparos dele, muito cuidado pra tudo dar certo, ajeita a bucha prepara os ornamentos.
depois ele sobe, é festa e alegria, e dá pra curtir enquanto ele sobe, sobe e toma conta dos céus como se levasse um recado para os anjos!
Mas como tudo que é bom dura pouco, o balão ainda no céu é coberto pelas próprias chamas e vira cinzas! Ta aí é o carnaval!
Primeiro o preparo, depois os quatro dias de folia, e por fim as cinzas.
Ufa, dei meu jeito de citar Noel Rosa de novo aqui na quarta-feira de cinzas!
“Já mandei um balão com foguete
Levar um bilhete
Ao meu Antônio
E o balão, pra fugir do inverno
Entregou no inferno
O bilhete ao demônio!
Satanás respondeu ao recado:
"Balão apagado
Não entra no céu...
No inferno tu serás respeitado,
Tu tens tanto pecado
Que eu tiro o chapéu!"
Num balão que a chuva apagou
Alguém me mandou
Este triste recado:
‘Eu espero ver a tua descida,
No céu da minha vida,
És balão apagado’!”
Adivinhem?!
Bom, Feliz 2010! Agora sim o ano começa!
As igrejas se enchem de confissões, e nossa querida rotina se petrifica.
Sem mais.
Mario Tito.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Não precisamos de inimigos, e pra quê opinião?
E lá vem meu abre-alas com poucas cores e destaque para a saudade que sinto do que se passou, meu confete é todo dourado e cola na testa, e tenho medo de me ferir com a minha língua de serpentina.
Começa hoje pra todo mundo a orgia declarada, onde todos viram tudo que nunca são nos dias comuns, nessa época meninas se doam, meninos se apropriam, pais de família viram liberais, e filhos não são filhos.
Eu já botei minha cerveja pra gelar, ansioso pra ver minha Vila Isabel desfilar. Acredito na essência dessa baderna, e me divirto com o despojamento carioca.
Tenho medo dos bloquinhos, tenho medo de assaltos.
Sinto falta do que se vai...
Bem, é isso!
Bom carnaval, já é festa e...
Tchau!
Até as cinzas, e pra antes de ir de vez, pra variar:
“João Ninguém
Não tem ideal na vida
Além de casa e comida
Tem seus amores também
E muita gente que ostenta luxo e vaidade
Não goza a felicidade
Que goza João Ninguém!”
Noel Rosa.
Depois dizem que ser João ninguém é uma ofensa!
Sem mais.
Mario Tito
Começa hoje pra todo mundo a orgia declarada, onde todos viram tudo que nunca são nos dias comuns, nessa época meninas se doam, meninos se apropriam, pais de família viram liberais, e filhos não são filhos.
Eu já botei minha cerveja pra gelar, ansioso pra ver minha Vila Isabel desfilar. Acredito na essência dessa baderna, e me divirto com o despojamento carioca.
Tenho medo dos bloquinhos, tenho medo de assaltos.
Sinto falta do que se vai...
Bem, é isso!
Bom carnaval, já é festa e...
Tchau!
Até as cinzas, e pra antes de ir de vez, pra variar:
“João Ninguém
Não tem ideal na vida
Além de casa e comida
Tem seus amores também
E muita gente que ostenta luxo e vaidade
Não goza a felicidade
Que goza João Ninguém!”
Noel Rosa.
Depois dizem que ser João ninguém é uma ofensa!
Sem mais.
Mario Tito
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Respondam, eu pago o selo!
Cigana, escape dessa euforia de tentar! Largue essa vassoura e deixe o chão sujo, afinal o tempo lá do lado deles está firo, vai chover e o lamaçal voltará pro seu quarto, com pedaços de capim.
Tenho um trem que anda muito devagar, cinco dias em casa por conta do carnaval e caminho por lugares que andaria mesmo que fosse cego.
Conte suas histórias mais engraçadas, e suas tragédias mais dolorosas pra eu compor uma bossa-rock.
Se preparem pro azar que vem a galopes rápidos, julgando todos os seus planos e fazendo você se achar menos certo das suas idéias.
Se preparem para as desilusões torrenciais que varrerão seus princípios e farão de você um cético no amor.
Se preparem pra me desmentir, me fazerem feliz!
Diga para aquela cigana que ela não sabe de nada, e que vou cuspir no chão de mentiras que ela limpou!
“SEM MAIS, para acabar,
Um grande abraço queira aceitar
De alguém que está com fome
Atrás de algum convite pra jantar”
Noel Rosa.
Mario, o Tito.
Tenho um trem que anda muito devagar, cinco dias em casa por conta do carnaval e caminho por lugares que andaria mesmo que fosse cego.
Conte suas histórias mais engraçadas, e suas tragédias mais dolorosas pra eu compor uma bossa-rock.
Se preparem pro azar que vem a galopes rápidos, julgando todos os seus planos e fazendo você se achar menos certo das suas idéias.
Se preparem para as desilusões torrenciais que varrerão seus princípios e farão de você um cético no amor.
Se preparem pra me desmentir, me fazerem feliz!
Diga para aquela cigana que ela não sabe de nada, e que vou cuspir no chão de mentiras que ela limpou!
“SEM MAIS, para acabar,
Um grande abraço queira aceitar
De alguém que está com fome
Atrás de algum convite pra jantar”
Noel Rosa.
Mario, o Tito.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Não tenho herdeiros, não possuo um só vintém...
E ela caminhou como se sentisse cheiro de cravos, cravou cheiros como se sentisse caminhos. Se avivou, enfim!
Agora se esconde atrás de Colombinas pecadoras e vadias, procura um Pierrô chifrudo e um Alecrim malandro com um pandeiro em punho.
Se arrepende do que se passa na folia, tem medo da quaresma, não se adapta aos costumes cristãos.
Passa a semana santa em greve de fome, esquece das quarenta noites e dos quarenta dias, come areia como se no deserto estivesse...
São sangrias, são avinhados e de vez em quando suicídios impessoais.
Será que é válido encher seu copo mais uma vez? E na quarta-feira as cinzas serão de quem?
Talvez as minhas, como disse Noel:
“Quando eu morrer, não quero choro nem vela
Quero uma fita amarela gravada com o nome dela”
Troco a fita amarela por um cordão, da bola preta!
Sem mais.
Mario Tito, carnavalesco.
Agora se esconde atrás de Colombinas pecadoras e vadias, procura um Pierrô chifrudo e um Alecrim malandro com um pandeiro em punho.
Se arrepende do que se passa na folia, tem medo da quaresma, não se adapta aos costumes cristãos.
Passa a semana santa em greve de fome, esquece das quarenta noites e dos quarenta dias, come areia como se no deserto estivesse...
São sangrias, são avinhados e de vez em quando suicídios impessoais.
Será que é válido encher seu copo mais uma vez? E na quarta-feira as cinzas serão de quem?
Talvez as minhas, como disse Noel:
“Quando eu morrer, não quero choro nem vela
Quero uma fita amarela gravada com o nome dela”
Troco a fita amarela por um cordão, da bola preta!
Sem mais.
Mario Tito, carnavalesco.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Lá quem é Bacharel, não tem medo de Bamba
Eles sobem todos os dias as mesmas escadarias, fumam o mesmo cigarro, e jogam no mesmo canteiro.
Quantos mesmos!
Lá naquele lugar parece que todos são iguais, aquele doutor está com um pandeiro na mão seguindo o garçom no violão, um sustenta o vício do outro de acordo com o dia do pagamento.
A gafieira parece um campo de provocações, onde qualquer senhor tem livre acesso a qualquer senhorita (Desde que não esteja acompanhada, claro!), os carros de praça esperam os mais sofisticados cavalheiros, que já sentam sem seus chapéus com o cabelo engomado e intacto!
Ele dizia assim:
“... Se alguma pessoa amiga pedir que você
lhe diga
Se você me quer ou não, diga que você
me adora
Que você lamenta e chora a nossa separação
Às pessoas que eu detesto, diga sempre que eu não
presto
Que meu lar é o botequim, que eu arruinei sua vida
Que eu não mereço a comida que você pagou pra mim...”
É, quando eles deixam suas sandálias na entrada de casa, escolhem o copo mais limpo, e o filtro de barro se faz de cascata para a mais desértica das sedes e o mais intenso dos porres.
No dia seguinte repetem a mesma ladainha, trocam a cerveja pelo vinho de barril e as moças pelo tamborim.
E assim fomos...
...
...
Até amanhã...
...
...
Sem mais.
Mario Tito
Quantos mesmos!
Lá naquele lugar parece que todos são iguais, aquele doutor está com um pandeiro na mão seguindo o garçom no violão, um sustenta o vício do outro de acordo com o dia do pagamento.
A gafieira parece um campo de provocações, onde qualquer senhor tem livre acesso a qualquer senhorita (Desde que não esteja acompanhada, claro!), os carros de praça esperam os mais sofisticados cavalheiros, que já sentam sem seus chapéus com o cabelo engomado e intacto!
Ele dizia assim:
“... Se alguma pessoa amiga pedir que você
lhe diga
Se você me quer ou não, diga que você
me adora
Que você lamenta e chora a nossa separação
Às pessoas que eu detesto, diga sempre que eu não
presto
Que meu lar é o botequim, que eu arruinei sua vida
Que eu não mereço a comida que você pagou pra mim...”
É, quando eles deixam suas sandálias na entrada de casa, escolhem o copo mais limpo, e o filtro de barro se faz de cascata para a mais desértica das sedes e o mais intenso dos porres.
No dia seguinte repetem a mesma ladainha, trocam a cerveja pelo vinho de barril e as moças pelo tamborim.
E assim fomos...
...
...
Até amanhã...
...
...
Sem mais.
Mario Tito
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